Criptomoedas: do berço ao lucro

 

Cripto moedas: do berço ao lucro

Por *Carlos Bruno da Silva

 

Se você tem mais de 40 anos e não gosta do mundo digital, tenho péssimas notícias. Sua TV já é digital, seu banco já é digital, a escola do seu filho já é digital e goste ou não, você vai se sujeitar às criptomoedas. Se é inevitável que tal aprender como funcionam? Para além dos textos tecnicistas que costumamos ver em sites e vídeos do Youtube é possível entender o tema de forma mais próxima à realidade do brasileiro comum. Vamos a uma explicação simples:

Como nascem

As criptomoedas, via de regra nascem de um projeto pessoal ou de um grupo que vê em seu projeto um grande potencial de interesse numa quantidade considerável de pessoas. A título de exemplo a diretoria do Flamengo entendeu que um grupo grande de pessoas teriam interesse em ter uma criptomoeda que lhes desse o direito de participar em votações, escolher músicas dos jogos, participar de premiações, etc. Poderiam ter criado uma nova espécie de sócio torcedor mas optaram pela criação de uma criptomoeda (Fan Token) e lançaram 1.5 milhão dessas moedas. Considerado o tamanho da torcida do time era de se esperar que houvesse muita adesão e não deu outra, foram todas vendidas rapidamente.

Nesse exemplo fica claro que criptomoedas são o resultado de um projeto que busca unir pessoas em torno de um objetivo comum. Quanto mais pessoas com o mesmo interesse maior as chances de uma criptomoeda ter sucesso. Outro exemplo? Se a “Antonia” fosse ligada ao ramo da cultura e visse um potencial de crescimento do segmento e conseguisse detectar a existência de dificuldades que impedem o interessado a ter acesso a livros, exposições, feiras culturais, enfim,  tudo ligado ao ramo e decidisse criar um mecanismo que facilitasse a vida de quem se interessa e a de quem produz poderia criar uma criptomoeda.

O comprador dessa criptomoeda teria uma série de facilidades que hoje não tem. Esses mesmos responsáveis pensariam qual seu público e baseado em números criaria um número de criptomoedas que fosse menor que o público alvo, afinal, a escassez é que faz o negócio crescer. Nos dois exemplos “Antonia” e Flamengo identificaram uma demanda, uma necessidade e resolveram o problema.

Criptomoedas como Investimento?

O que leva uma criptomoeda se tornar alvo de investidores é tema fundamental para entender porque esse produto se tornou o futuro definitivo das negociações no planeta. Nos exemplos acima, criou-se um novo ramo de negócio e o investidor percebe que Flamengo e “Antonia” possuem produtos que interessam a uma quantidade muito maior de pessoas quando comparadas à quantidade de moedas negociadas. Quando há mais procura que produto o mercado, naturalmente faz com que o produto suba de preço.

Nesse cenário, o investidor vê na criptomoeda  uma oportunidade de comprar aquele produto por um valor e à medida que a demanda aumenta, elevar o preço do que adquiriu e ganhar na valorização. É a prática mais antiga do mercado. Desde a antiguidade o comércio se arrima nessa premissa, demanda versus preço.

Com essa explicação o leitor consegue entender que criptomoedas é um ativo, um produto como outro qualquer que sofre os mesmos efeitos do mercado e foge das palavras complicadas e explicações mirabolantes que povoam a internet. Espero que tenham entendido o tema e se for o caso e, como em todo mercado, se houver demanda podemos fazer um novo post sobre as táticas de investimento nesse setor ou, o passo a passo a começar e entender na prática passando pelo cadastro em sites de compra e venda de criptomoedas, do ingresso de seu dinheiro até o saque.

 

*Carlos Bruno da Silva,  é investidor e Doutor em Direito Tributário pela Universidade de Granada/ESP

 

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