Naquela década de nascimento da WWW brasileira não havia sites a não ser os já citados em Audácia nos tempos desconhecidos e portanto, a experiência vinha dos sites ao redor do mundo, principalmente, dos sites americanos. Pedir doações para manutenção dos sites sempre foi muito usual e normal para os padrões deles, ao compreender o porquê de tantas grandes empresas terem começado numa garagem da residência do iniciante e, ainda assim, venderem cotas dos seus negócios para a vizinhança.

Pela nossa cultura, solicitar doações soa como “passar o pires”, soa como uma situação degradante e não como uma disposição interior. Certamente que, há por detrás desta cultura características coloniais dos pés-rapados da entrada da igreja que não tinham carruagem. Passado o advento da WWW os donos de sites passaram a solicitar doações para aliviar os custos. Com a chegada dos crowdfundings, das vaquinhas, e do bendito PIX,  o brasileiro compreendeu um pouco do caminho da cultura da sociedade de confiança e deixou para trás o complexo de pé-rapado.

Sobre a Sociedade de Confiança, aqui está um fragmento do excelente texto apreciativo e analítico da obra de Alain Peyrefitte que reproduzimos:

“Essa obra argumenta que a confiança é o pilar da sociedade, imprescindível para que exista a troca e a cooperação entre indivíduos e grupos, assim como o respeito pelos governos. Assim, Peyrefitte lança as bases para comparar etologia[1] e desenvolvimento econômico, social, cultural e político.

Mesmo partindo da origem antropológica do desenvolvimento, o autor esclarece que os agentes dinâmicos da sociedade podem ser sufocados pelo peso de um Estado invasor. Peyrefitte conclui que o desenvolvimento reside na confiança concedida à iniciativa pessoal, à liberdade de exploração e invenção – liberdade essa com suas contrapartidas, seus deveres, seus limites e sua responsabilidade.”

Mariana Marcolin Peringer

 

Sociedade de Confiança é como um jogo de peteca no qual os jogadores não medem esforços para não permitir a queda da peteca.  A sociedade pode e deve se construir por ela mesma na base da confiança, dispensando ajuda do Estado.

Por vinte e três (23) anos consecutivos, desde 1999, a idealizadora do Portal Domínio Feminino arcou as suas expensas com todos os custos desde manutenção do registro do domínio bem como os de hospedagem, manutenção de computadores, custos estes aliviados pelo TI Allan Carrilho que nos oferecia preços diferenciados; os custos com hospedagem ultrapassavam, em muito, nossa capacidade financeira.

Estes altos custos de hospedagem deviam-se ao fato de termos, na época, poucas empresas e aquelas, grandes como são até hoje, cobravam como queriam. Além deste fato, realmente, por ser um Portal muito grande, maior era o fluxo de tráfego o que demandava espaço no servidor.

Não há ilusão de ver o Portal Domínio Feminino voltar a ser o que era quando nasceu, com um tráfego de visitação invejável, porque hoje, as fontes na internet são em milhões. Todavia, se vier a acontecer, nossos custos, por bem repetir, serão altos por necessidade de de equipamentos e espaço em servidor.

Doações serão bem vindas para a manutenção deste site.  PIX 079.237.207-70 ou, você também poderá encomendar belas bolsas de crochê

*A Sociedade de Confiança – Alain Peyrefitte

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