Sua casa, seu estado de ânimo

Este recanto pertencente única e exclusivamente à família: mãe, pai, filhos e como outrora, parentes próximos e agregados. Dentro desse espaço afetivo que chamamos de Lar, acontecem os problemas e só nele serão encontradas as soluções. Qualquer que seja. Só os componentes desse mundo afetivo têm poder e acesso. Daí porque tudo que afeta um dos membros, certamente terá desdobramentos sentidos e vividos por todos. O lar independe de espaço físico para existir, pois que ele existe afetivamente. Por ser construído de afeto, ainda que apenas uma pessoa habite uma casa, mas se essa pessoa vive o sentimento de unidade efetiva, ela ao habitar uma casa, fará dela um lar.

A casa, espaço físico abriga, quase sempre um Lar. Mas nem sempre. De qualquer forma, estando este espaço que chamamos de casa – residência, morada, tapera ou qualquer outra denominação que lhe seja dada – disponível para proteger o lar, ou as pessoas que o compõe, necessita de cuidados. Proteger das intempéries, proteger dos riscos possíveis.

Ao mesmo tempo que protege, ela pode representar uma foto daquela família. Revela suas afeições, a qualidade de vida e de harmonia. Revela profissões, filosofias, crenças, hábitos e costumes. Revela até o grau de sociabilidade dos componentes que formam a família/lar e, principalmente a disponibilidade afetiva divisível por todos, próximos em reciprocidade de afeto. Uma casa sem habitantes é apenas uma edificação.

Interessante é pensar que uma família poderá ter várias casas; no entanto só uma tem as feições de lar; pois é alí onde se guarda todas as referências enquanto indivíduos, enquanto pessoas e família. Lá estarão os livros, os discos, os papéis que documentam uma existência. Também o cheiro do travesseiro, da roupa de cama. O cheiro da família. Essa edificação, é uma casa que abriga o Lar.

“ Essa casa, não tem curvas, só tem linhas retas, e quinas. Uma casa tem que ter curvas.”

Paulinho da Viola, referindo-se ao estilo de construção da casa dele, na Barra da Tijuca

Esta casa /útero que abriga o Lar precisa ser bem cuidada e amada. Pois como já foi dito, ela espelha os ânimos dos membros que habitam nela. Cada compartimento, cada cômodo deve receber o tratamento adequado a sua utilização, para assim possibilitar conforto a sua família contribuindo para a manutenção da harmonia no Lar.

Áreas comuns e áreas individualizadas têm a mesma importância. O todo bem conservado confere o nível de autoestima dos que ali convivem. Uma casa requer despesas e gastos que se pode na verdade dizer que são verdadeiros “investimentos”. E são de fato de muitas formas. Esses investimentos tanto podem se constituir em investimentos financeiro patrimonial como em investimentos afetivos.

Uma torneira pingando, inicialmente, e não sendo reparada, irá fazer parte do acúmulo de outras pequenas disfunções, no futuro. Uma porta de armário que dilatou e que vive emperrada, gavetas empenadas; descargas na base do gatilho e outros tantos descasos, acabam por não apenas tornar os reparos futuros mais caros como no dia a dia, interferem no humor da família e prolongado no tempo, esses incômodos passarão a fazer parte das frustrações e pior, ser instrumentos danosos o suficiente para causar baixa estima em toda a família.

A irritação causada na hora da descarga, a pressa na hora de fechar a gaveta engasgada, o maldito pingo enferrujando a louça da pia, pouco a pouco, tudo isto irá minando o humor daqueles que fazem uso dos espaços com maior frequência.  Ou, pior do que tudo é deixar de usar a piscina, por exemplo, porque está verde por causa da bomba com problemas ou de outro equipamento usado na limpeza. Tudo isto ocorre como resultado do “mais tarde eu arrumo tudo de uma só vez”.  Não fará.

Pequenos detalhes que trazem aquela sensação duradoura de bem estar da família é a manutenção do layout dos espaços e fazem alguma diferença, se não houver mudanças na composição. Os móveis de bom gosto e de qualidade não são para serem trocados; pode-se entendê-los como patrimônio. A distribuição dos mesmos ao longo dos anos necessariamente não causa nenhum desconforto. Basta que de tempos em tempos, agregue-se um detalhe ou uma alternância de pequenos objetos da decoração já existente. Um remanejamento por mais sutil que seja já faz diferença.

Até pelo contrário, as pessoas que não costumam trocar seus móveis nem alterar radicalmente sua disposição com constância, oferece à família, um certo sentimento de estabilidade. Pois a variação constante funciona ao contrário da estagnação do layout dos ambientes.

Com pequenas, quase mínimas alterações, pode-se compor ou recompor todo um clima num ambiente e por consequência, ver o efeito no todo, no restante da casa. Cuidar do que você conquistou com suor é uma forma de agradecimento a D´S por tudo o que Ele concedeu a você. Manter objetos quebrados ou empoeirados por falta de uso e limpeza no quarto de despejo não é desejável. Esse procedimento relapso atrai miséria e ao afirmar isto não há nenhuma relação com crendices e basta lembrar o que nos diz Santo Agostinho sobre a natureza:

“Milagres não são contra a natureza, mas só contrários sobre o que conhecemos da natureza.”

St. Agostinho

Finalizando, mas não esgotando o assuntos, em se considerando tanto investimento financeiro patrimonial, sua casa bem cuidada e com tudo funcionando, acaba por ter seu valor ampliado

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